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A importância do controlo glicémico

A glicemia ou, em termos gerais, a quantidade de açúcar no sangue, continua a ser um dos fatores mais importantes no que toca à gestão da diabetes. Mas porque é tão importante manter esses níveis dentro dos valores certos?

Pense na glicemia não como uma linha reta, mas como uma curva que sobe e desce continuamente. Quando comemos ou bebemos, por exemplo, é normal que os níveis de açúcar no sangue subam até determinado ponto. Depois, quando insulina produzida pelo corpo atua, esses níveis descem, dentro de certos limites. E, na diabetes, o controlo glicémico, ou seja, das variações da glicemia, é essencial. Por isso, falemos sobre a diabetes.

 

Na diabetes, quando o nível glicémico está descontrolado, este acaba por se elevar até valores que colocam o organismo em hiperglicemia, ou seja, excesso de açúcar no sangue. Da mesma forma, também na diabetes, é normal que quando os níveis de açúcar começam a descer (muitas vezes pela própria medicação que se está a tomar, ou por outros fatores, como é o caso do exercício físico ou a ausência de refeições regulares), essa descida seja também descontrolada, colocando o corpo em hipoglicemia, ou seja, valores baixos de açúcar no sangue. Ambos os cenários apresentam problemas.

 

Este balanço não é fácil de conseguir. O seu médico vai tentar, com medicamentos e outras medidas (da alimentação ao exercício físico) fazer com que os valores se mantenham o mais estáveis possível. Mas lembre-se: o seu papel também é relevante nesta manutenção!

 

O problema da hiperglicemia

 

Níveis elevados de açúcar no sangue, ou hiperglicemia, são uma preocupação maior que pode afetar pessoas tanto com diabetes tipo 1, como com diabetes tipo 2.

 

Hiperglicemia frequente ou contínua pode causar danos severos aos nervos, vasos sanguíneos e órgãos do organismo. Pode também levar a outras complicações: por exemplo, nos casos de diabetes tipo 1 pode levar à chamada cetoacidose. Aqui, o corpo, por não ter insulina suficiente para processar o açúcar no sangue, começa a «queimar» gordura para obter a energia em falta (lembre-se de que o principal papel do açúcar é fornecer energia ao corpo). Dessa «queima» resultam ácidos que não deviam estar na corrente sanguínea e que alteram o equilíbrio do corpo de uma forma grave.

 

Na diabetes tipo 2 (ou na pré-diabetes), os níveis altos de açúcar no sangue podem levar a uma condição em que o corpo não é capaz de processar o açúcar. Nesse caso, grave, vai tornar-se mais frequente urinar numa primeira fase, seguida de uma outra em que urinar será menos frequente, mas em que a urina se tornar mais escura, podendo levar a uma desidratação profunda.

 

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As complicações da diabetes

O problema da hipoglicemia

 

Por outro lado, os níveis baixos de açúcar no sangue, ou hipoglicemia, são também muito preocupantes. Sobretudo porque, como já vimos, o açúcar é a principal forma do corpo obter energia. A hipoglicemia pode ocorrer em quem não tem diabetes, mas é mais comum nos diabéticos e está relacionada na maior parte das vezes com medicação, alimentação ou exercício físico.

 

No caso da hipoglicemia, os problemas mais preocupantes estão associados com os próprios sintomas e geralmente começam a manifestar-se quando a glicemia não controlada começa a descer abaixo de valores de 70 mg/dL.

 

Primeiro começam por ser menos preocupantes:

  • Fome
  • Fraqueza
  • Ansiedade
  • Irritação

 

Mas podem passar depois para:

 

  • Suor contínuo
  • Pele pálida
  • Ritmo cardíaco acelerado ou irregular
  • Sonolência
  • Tonturas

 

Em situações mais graves ainda pode levar, por exemplo, a:

 

  • Confusão
  • Visão enevoada
  • Desmaios, perda de consciência e até convulsões.

 

 

Manter a glicemia controlada

 

O controlo da glicemia está no centro de qualquer plano de tratamento. Desta forma, são 2 as principais formas assegurar o controlo glicémico na diabetes:

 

1) Monitorização por parte do doente dos níveis de glicose;

 

2) Análise da hemoglobina glicada (HbA1c) prescrita pelo médico.

 

No primeiro caso há várias formas de o doente fazer essa avaliação, sendo a mais comum a já familiar picada no dedo e medição dos níveis de açúcar no sangue através de um aparelho clássico de medição. No segundo, o médico irá, com periodicidade devida recomendar que faça análises ao sangue para perceber como está o seu controlo glicémico a longo prazo através da HbA1c.

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Referências
  • American Family Physician

  • American Diabetes Association (ADA)

  • WebMD

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