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Hiperglicemia: o que é e o que fazer

A hiperglicemia é o grande problema da maior parte dos tipos de diabetes. Quando alguém tem hiperglicemia deve rapidamente controlá-la para evitar que outros problemas de saúde se desenvolvam ou agravem.

A hiperglicemia é caracterizada pelo excesso de glicose no sangue e é um indicador da existência de diabetes. Assim sendo, uma pessoa saudável tem o nível de glicose no sangue em jejum entre os 70 e os 110 mg/dL. Por outro lado, valores entre os 110 e os 126 mg/dL em jejum entram na categoria de pré-diabetes. Acima dos 126 mg/dL está-se perante um caso de diabetes, avança a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP).

 

Funções da glicose e da insulina

A glicose é uma molécula de açúcar essencial para gerar energia para o trabalho permanente das células. Por isso, tem que estar sempre disponível no sangue, dentro de certas concentrações benéficas para o organismo. A insulina é uma das hormonas que participa na gestão do nível de glicose. Produzida pelas células beta do pâncreas, a insulina entra na corrente sanguínea sempre que há um pico na quantidade de glicose no sangue. Isto acontece após qualquer refeição com hidratos de carbono.

 

Ao entrar no sangue, a insulina vai sinalizar o fígado para não produzir glicose. Em contacto com a insulina, os músculos e o tecido adiposo absorvem a glicose, controlando a sua concentração, explica a Encyclopedia Britannica.

 

Hiperglicemia e diabetes

Nas pessoas com diabetes há um problema com o funcionamento da insulina. No caso da diabetes tipo 1, deixa-se de produzir a hormona devido à destruição das células do pâncreas por uma reação autoimune. Por outro lado, na diabetes tipo 2 há uma desregulação progressiva e mais complexa: as células beta produzem menos insulina, ao mesmo tempo que os tecidos que deveriam responder à insulina se tornam parcialmente insensíveis à hormona.

 

Ainda assim, nos dois tipos de diabetes, a consequência é o aumento de glicose no sangue, ou seja, a hiperglicemia. Não sabe ao certo qual a diferença entre a diabetes tipo e a tipo 2? Responda a este quiz para conferir o que sabe.

Outras causas para o aumento de glicose no sangue

Há várias razões para se ter hiperglicemia na diabetes, mesmo estando sob medicação. A ingestão de demasiados alimentos pode causar esta situação. O mesmo pode acontecer se houver uma diminuição de atividade física regular, já que o exercício ajuda a diminuir a glicose no sangue.

 

Além disso, a hiperglicemia pode surgir igualmente quando a pessoa se esquece de administrar insulina ou de tomar a medicação. O stresse, doenças e infeções, bem como ferimentos ou cirurgias também podem gerar hiperglicemia.

 

Como evitar e gerir a hiperglicemia

Para evitar a hiperglicemia é necessário manter uma alimentação saudável e praticar exercício físico regularmente. Após o diagnóstico de diabetes é ainda importante monitorizar regularmente o nível de glicose no sangue e fazer uma boa gestão da diabetes, de acordo com as indicações do médico.

 

Na diabetes do tipo 1, assim que se descobre a hiperglicemia e há um diagnóstico de diabetes é muito importante iniciar logo o tratamento com a administração da insulina.

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Insulinoterapia: quando e como

Na diabetes tipo 2, como o aparecimento da diabetes é muitas vezes gradual e os sintomas não são claros, é importante fazer regularmente análises ao sangue. Assim sendo, se houver hiperglicemia e a diabetes for diagnosticada, poderá iniciar-se a medicação, com os devidos ajustes na alimentação e exercício físico de acordo com as recomendações da equipa de saúde que faz o acompanhamento do doente.

 

Outras causas e recomendações

Se a hiperglicemia surgir após a diabetes tiver sido diagnosticada, poderá ser o resultado de uma quantidade insuficiente de insulina, no caso da diabetes do tipo 1. Por outro lado, no caso da diabetes do tipo 2, poderá resultar de uma alimentação inadequada, de a medicação ser insuficiente para melhorar a absorção da glicose, ou de outros motivos.

 

Além do tratamento, outras respostas à hiperglicemia recomendadas poderão ser, por exemplo:

 

  • Beber bastante água;
  • Diminuir os hidratos de carbono ingeridos na alimentação diária;
  • Aumentar o exercício físico.

 

No entanto, em qualquer um dos casos é essencial consultar a equipa de saúde para fazer uma nova análise do tratamento.

 

Por fim, junte-se à comunidade Diabetes 365º!

Referências
  • Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP)

  • American Diabetes Association (ADA)

  • Joslin Diabetes Center

  • Encyclopedia Britannica

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