Quando o Pai Natal descobriu que tinha diabetes
A diabetes toca a todos e, segundo soubemos, nem o Pai Natal escapa…
Há quem diga que o Pai Natal não existe, que é coisa de crianças e, afinal, nunca ninguém o viu. Por incrível que pareça – e quer acredite, quer não – este ano recebemos uma notícia inesperada: o Pai Natal descobriu o projeto Diabetes 365º e veio falar connosco sobre a sua história.
Afinal, onde tem estado todos estes anos?
Fora de vista, o Pai Natal disse-nos que trabalha nos seus escritórios: supervisionar o bom comportamento da humanidade não é tarefa fácil. E se, no início conseguia dar conta do recado, viajando por todos os cantos do mundo, hoje em dia já não é bem assim. «Tenho saudades daqueles tempos! Estava sempre em movimento, de um lado para o outro. Hoje em dia? Passo o dia sentado».
Com tanto trabalho, foi preciso delegar a tarefa aos duendes e o Pai Natal, no papel de supervisor, passa todo o dia sentado a analisar a informação e a tomar decisões. «Já nem tempo tenho para um passeiozinho, para esticar as pernas. E depois claro, a barriga começou a crescer! Foi aí que deixei de poder entregar os presentes. Uma vez, ao tentar descer pela chaminé, fiquei preso… as crianças viram-me e, enfim, foi um dia muito triste. Eu que sempre tinha sido um Pai Natal exemplar, bem constituído, passei a ser desenhado sempre com uma grande barriga e nunca mais tive coragem para sair», conta-nos. Perdeu a vontade e hoje, confessa-se um sedentário. Já tentou voltar ao ginásio: «Sim, sim, nós figuras fictícias também aderimos ao estilo de vida saudável. Eu tentei, mas os príncipes encantados cochichavam sempre que eu tentava fazer musculação e acabei por desistir».
Segundo nos conta, o Pai Natal sempre foi um bom garfo, mas quando deixou de fazer exercício ganhou peso. «Os duendes viram-me cada vez mais cabisbaixo e decidiram trazer-me mais doces e cozinhados novos dos humanos». Acreditam que em tantos anos o Pai Natal nunca tinha provado lasanha congelada? Ele diz-nos que é verdade, e quando descobriu refeições pré-feitas e tão boas, descontrolou-se. «Com tanto trabalho, era tão fácil pôr uma dose no forno e comer enquanto lia as cartas das crianças!».
E como descobriu que tinha diabetes?
Um dia, o Pai Natal reparou que começava a ir mais vezes à casa de banho, bebia cada vez mais líquidos como se a sua sede fosse impossível de satisfazer. Os duendes suspeitaram. Eles sabiam que algo não estava certo e já tinham visto humanos com os mesmos sintomas.
«Foi então que fizeram uma reunião, há seis mês atrás. Sentaram-me no sofá e disseram que achavam que podia ter diabetes. Eu, na verdade, só tinha ouvido falar pelos relatórios e pelas cartas com pedidos de apoio. Fiquei pasmado e, além disso, recebi um ultimato: os duendes disseram que não podia continuar assim e se não começasse a cuidar de mim, bom… iam fazer greve. Ajudaram-me muito, os meus queridos duendes».
Hoje, o Pai Natal continua nos seus escritórios, mas, pela primeira vez há muito tempo, vai voltar a distribuir os presentes. «Eu sei que esta barriga não me ajuda, mas é preciso continuar a mexer-me!». Depois de muito pesquisar e de observar os humanos, o Pai Natal começou a mudar a alimentação e a tentar perder peso.
Para ajudar quem vive com diabetes, decidiu entrar em contacto com todos os grupos e associações para contar a sua história e passar a sua mensagem: «Nunca pensei que também podia ter diabetes, mas o importante é não desistir. Mesmo nos momentos mais difíceis, acreditem que é possível e não deixem nunca de fazer exercício e cuidar da alimentação e do peso. Afinal, se se portarem bem, talvez o vosso desejo se concretize!».
Da parte do Pai Natal e da Diabetes 365º, votos de um Feliz Natal!