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Viver com quem tem diabetes: dicas para os cuidadores

Apoiar quem vive com a diabetes requer, muitas vezes, a atenção e empenho da família, dos amigos e de tantos outros cuidadores incansáveis. Hoje, falamos um pouco sobre o que é ser cuidador e ajudamos com algumas dicas.

Cuidar é uma atividade multifacetada que engloba várias dimensões – relacionais, emocionais e terapêuticas – ao mesmo tempo. É uma troca constante entre o cuidador e a pessoa cuidada que tem as suas dinâmicas, as suas etapas e as suas dificuldades. Tradicionalmente, em Portugal e nos países da Europa do Sul, o cuidado tem sido uma tarefa da família, que é considerada a unidade básica de suporte e apoio social e pessoal. Podemos, assim, considerar cuidadores as pessoas ou o sistema de prestação de cuidados que acompanha a pessoa que necessita de cuidado.

 

A atividade de cuidador apresenta vários aspetos potencialmente satisfatórios como, por exemplo, orgulho no papel de cuidar, competência, e sentido da vida. Por outro lado, representa um enorme desafio: na dupla perspetiva de trabalho emocional, trabalho de organização e gestão de atividades diárias.

 

Além disso, os cuidadores carecem, muitas vezes, de formação adequada aos desafios de cuidado. Por essa razão, são sujeitos a um risco acrescido de sobrecarga física, emotiva e económica, assim como ao risco de isolamento social. De acordo com vários especialistas e investigadores, uma formação específica para cuidadores permite a aquisição de capacidades que o preparam para o dia a dia, assim como para acontecimentos inesperados.

O apoio para o dia a dia dos cuidadores

A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) realiza várias formações para pessoas com diabetes e os seus cuidadores. De forma geral, as recomendações ao cuidador do diabético podem ser resumidas como segue:

 

  • Aprender sobre a doença (com atenção particular à idade do diabético);

 

  • Deixar o diabético absorver e elaborar a informação assim como participar no seu plano terapêutico;

 

  • Incentivar bons hábitos (como, por exemplo, alimentares e de atividade física) mas sem exagerar;

 

  • Ajudar na definição de pequenas metas para o controlo da doença;

 

  • Estar em contacto constante com a equipa médica;

 

  • Manter o boletim de vacinas atualizado;

 

  • Organizar exames oftalmológicos, cuidados de podologia e acompanhamento por nutricionista com regularidade.

 

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O conceito de envelhecimento saudável

Sobre o estatuto de cuidador informal

Em Portugal e a partir do dia 1 de julho de 2020 podem ser apresentados pedidos de reconhecimento do estatuto de cuidador informal em todo o território nacional, aplicando -se as normas previstas nas lei n.º 100/2019 e portaria 2/2020. Entre os direitos do cuidador reconhecidos estão:

 

  • Reconhecimento do seu papel;
  • Ser acompanhado e receber formação para a adequada prestação de cuidados;
  • Ter um profissional de saúde como contacto de referência;
  • Usufruir de apoio psicológico e participação em grupos de autoajuda;
  • Beneficiar de períodos de descanso;
  • Aceder ao subsídio de apoio ao cuidador informal principal, de taxa contributiva específica ou de medidas de apoio ao trabalho.

 

Até agora, é previsto o desenvolvimento de projetos-piloto em 30 concelhos, destinados a pessoas que se enquadrem nas condições previstas no Estatuto do Cuidador Informal. Neste contexto, o objetivo é que apliquem de forma experimental, mediante um programa de enquadramento e acompanhamento, as medidas de apoio ao cuidador informal. Para mais informações consulte aqui.

 

No entanto, se desejar obter ainda mais informações sobre ser cuidador informal contacte a Associação Nacional de Cuidadores Informais.

Referências
  • Sistema Nacional de Saúde (SNS)

  • Associaação Nacional de Cuidadores Informais

  • Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP)

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