Carne recomendada e carne a evitar na diabetes
Na diabetes, ter cuidado com a alimentação é fundamental. Assim sendo, descubra qual o tipo de carne mais indicada para quem vive com a doença, bem como quais as opções que deve evitar!
Um diagnóstico de diabetes traz consigo várias restrições alimentares. No entanto, ter diabetes não significa que tem de abdicar da carne. Aliás, não tem de abdicar de nada na alimentação. O ideal será ter atenção à composição e porção, garantindo que os alimentos ricos em gorduras e hidratos de carbono são só uma pequena parte das suas refeições.
Em primeiro lugar, lembre-se de que a carne é um alimento que pode conter altos níveis de gorduras, colesterol e calorias. Por isso, deverá ter um cuidado adicional na escolha das carnes a consumir.
O tipo de carne que deve evitar
Em primeiro lugar, tenha atenção às carnes vermelhas e processadas. Quando falamos em carnes vermelhas, falamos em carne de:
- Vaca
- Vitela
- Porco
- Leitão
- Carneiro
- Cabra
- Cabrito
- Borrego
- Cavalo.
Por outro lado, quando falamos em carnes processadas, falamos em:
- Fiambres
- Salsichas
- Chouriço
- Presunto
- Carnes enlatadas)
Limitar o consumo de carnes vermelhas e enchidos é uma estratégia recomendável para qualquer indivíduo e não apenas para doentes diabéticos. Isto porque o consumo excessivo deste tipo de carnes constitui um fator de risco para várias doenças. Os estudos epidemiológicos longitudinais da Universidade de Harvard (Nurse’s Health Study 1 e 2, e Health Professionals Follow Up) com duração de várias décadas e com mais de 400.000 participantes – verificaram que o consumo excessivo deste tipo de carne é um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. Além disso, pensa-se que estas carnes possam ser carcinogénicas. Entre os 2 tipos, a carne processada é considerada a mais perigosa, levando a um risco acrescido de diabetes em 51% dos consumidores versus não consumidores. Por outro lado, o risco acrescido de ter diabetes associado ao consumo de carne vermelha foi de 19%.
Substitua pelos tipos de carne recomendada e tenha muita atenção às doses!
A dose acima da qual existe risco ainda não está totalmente esclarecida. A recomendação é de reduzir o consumo de carne vermelha e processada, reduzindo o tamanho das porções a um máximo de 500 g por semana. Além disso, deve substituir sempre que possível por com carnes brancas, peixes e mariscos, ou com outros alimentos de origem vegetal.
Devido à quantidade baixa de gordura saturada, as carnes brancas (frango, peru e coelho) são as mais recomendadas para os diabéticos. No entanto, atenção à pele! Apesar de ser deliciosa, é rica em gorduras saturadas! Quando a pele é retirada, o frango e o peru são uma ótima escolha de proteína para quem tem diabetes. A carne do peito é o primeiro corte a escolher, pois é a que tem a menos gordura de todo o tipo de carnes.
A escolha dos cortes é importante também no consumo de carne vermelha. Será bom escolher apenas os cortes mais magros (maminha, músculo, lagarto, filé mignon) e evitar os cortes mais gordos (alcatra, contra filé de costela, cupim, picanha, costela).
Por fim, o método de preparação da carne pode ter um impacto na sua qualidade nutricional e no seu risco para o doente: a carne mu cozinhada aumenta a inflamação e o stresse oxidativo. Essas condições fazem com que o fígado produza um alto teor de glicose, e, ao mesmo tempo, reduzem a capacidade da massa muscular a usar. Nessa situação, o corpo reage e ativa a resistência à insulina. Assim sendo, sempre que possível, evite grelhados, assados e fritos e escolha carnes cozinhadas a temperatura moderada.