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Diabetes e dias frios: reforce os cuidados

O outono e o inverno são, por excelência, época de propagação de doenças infecciosas, o que coloca desafios acrescidos a quem sofre de diabetes. Saiba como se proteger das principais ameaças.

Com os dias frios e a chuva chegam também, muitas vezes, os espirros, o nariz entupido, as dores no corpo ou de garganta, a tosse ou a febre. Falamos de doenças infecciosas como a gripe, a constipação e a COVID-19. Sabe-se que este tipo de doenças é mais frequente e tem consequências mais sérias em pessoas com diabetes mellitus. Isto porque, entre outros fatores, o ambiente hiperglicémico do organismo compromete a resposta imunitária e pode aumentar a inflamação. Além disos, os processos infecciosos podem, assim, ser um fator precipitante de complicações inerentes à doença, como por exemplo a cetoacidose diabética. Felizmente, há medidas que ajudam a prevenir e a reduzir o impacto destes problemas.

Reforçar os cuidados nos dias frios

Gripe (influenza) e constipação

 

São ambas provocadas por vírus e podem levar a um aumento dos níveis de açúcar no sangue, dificultando a gestão da diabetes. A gripe tem uma perigosa complicação associada com maior risco para quem sofre de diabetes: a pneumonia. Perante estas infeções, é importante avaliar os níveis de glicose no sangue mais frequentemente, já que os sintomas podem mascarar os sinais de níveis de açúcar desajustados.

 

Risco de COVID-19

 

De acordo com a American Diabetes Association (ADA)não há dados que demonstrem se as pessoas com diabetes têm uma probabilidade de contrair COVID-19 superior à da população em geral. Por outro lado, ao nível das consequências da infeção, quem sofre de diabetes tem taxas muito mais elevadas de complicações sérias e de morte do que quem não tem esta doença. De modo geral, acredita-se que quanto mais problemas de saúde uma pessoa tem (por exemplo, diabetes e doença cardíaca), maior a probabilidade de complicações sérias associadas à COVID-19. Os mais velhos também têm um risco acrescido de complicações. No entanto, o este risco será menor se a diabetes for bem gerida, minimizando a oscilação dos níveis de glicemia.

 

Infeção por COVID-19: o que fazer

 

Quem tem diabetes é mais vulnerável a complicações graves se for infetado pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Em caso de infeção, deve…

 

  • Fazer mais pesquisas de glicemia e de cetona, sempre que necessário.

 

  • Mesmo com os valores de glicemia dentro do desejado, deve continuar a tomar a medicação para a diabetes – o tratamento com insulina nunca deve ser interrompido;

 

  • Fazer pesquisa de glicemia a cada 4 horas.

 

  • Beber mais líquidos (sem açúcar) – 120 a 180 mL a cada 30 minutos, para evitar a desidratação.

 

  • Tentar comer normalmente.

 

  • Verificar a temperatura diariamente, de manhã e à noite.

Como se pode proteger: 9 medidas

  • Evite multidões e contacto com objetos partilhados

Os vírus transmitem-se através de partículas de saliva expelidas ao falar, tossir ou espirrar e podem manter-se ativos no ar, roupas, pele e objetos.

 

  • Lave as mãos frequentemente

Ao tocar em portas, maçanetas ou com um simples aperto de mão podemos ajudar a propagar os vírus. Evite tocar nos olhos, nariz ou boca antes de lavar as mãos. Se não tiver água disponível para lavar as mãos, utilize um desinfetante.

 

  • Evite mudanças bruscas de temperatura

O arrefecimento do corpo e das vias respiratórias favorece a instalação de gripes e constipações em pessoas já expostas ao vírus. Por isso, usar roupa adequada, mantendo o corpo quente sobretudo na zona do nariz e boca, pode diminuir o risco.

 

  • Beba água

A hidratação é fundamental para manter fluidas as secreções nasais, que bloqueiam a proliferação de vírus e bactérias. Assim sendo, beba entre 1,5 a 2 litros de água ou líquidos não-açucarados por dia, evitando bebidas alcoólicas, que vão provocar desidratação.

 

  • Adote uma alimentação saudável e diversificada

Além do tratamento da diabetes e do controlo metabólico, uma alimentação rica em vitaminas e antioxidantes ajuda a aumentar a resposta imunológica. Ingira fruta e, sobretudo, citrinos, tomate, espinafres, batata-doce e vegetais.

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Dicas para deixar de fumar

  • Deixe de fumar e evite o fumo passivo

O tabaco diminui as defesas do sistema respiratório, aumentando a probabilidade de infeção. Tanto fumadores ativos como passivos (onde se incluem os filhos de pais fumadores) têm maior risco de gripes e constipações.

 

  • Proteja-se após o contacto com pessoas infetadas

Se alguém em casa está doente, deve limpar e desinfetar as superfícies onde tocou. Evite partilhar toalhas, louças, utensílios ou alimentos. Além disso, o contacto físico direto deve ser o mínimo possível para reduzir o risco de transmissão.

 

  • Pratique execício físico regularmente

Manter-se fisicamente ativo promove a melhoria do controlo da glicemia e fortalece o sistema imunitário. Basta caminhar uma hora por dia ou fazer treinos de qualquer atividade moderada 2 a 3 vezes por semana.

 

  • Vacine-se contra a gripe

Em primeiro lugar, é importante que saiba que os diabéticos são um dos grupos de risco para quem está indicada a vacinação contra a gripe, que permite prevenir a doença e reduzir a sua gravidade. Ou seja, deve ser administrada todos os anos, no final do outono ou início do inverno.

 

Por fim, junte-se à comunidade Diabetes 365º!

 

 

Referências
  • Revista pH

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