Glaucoma: a doença ocular que não se vê
O glaucoma é uma doença ocular que tende a aparecer mais frequentemente em pessoas com fatores de risco, como é o caso de quem tem diabetes. Os sintomas só são visíveis numa fase tardia da doença em que a perda de visão pode tornar-se irreversível. Conheça os sinais de alarme do glaucoma.
O glaucoma é uma das principais causas de cegueira e resulta do aumento da pressão intraocular. No entanto, geralmente, não tem sintomas mas as suas consequências são progressivas e irreversíveis. Por esta razão prevenir é, portanto, essencial.
Na ilustração abaixo, veja como é um olho saudável:
Em condições normais, o humor aquoso (isto é, o fluido transparente contido na câmara anterior do olho) circula através do trabéculo escleral, que é um tecido que se situa num ângulo comum à íris e à córnea.
Mas, quando existe glaucoma, o olho fica assim:
Quando o humor aquoso não é drenado de um modo eficaz, a pressão intraocular aumenta. Desta forma, à medida que a doença progride, o nervo ótico vai sendo danificado lentamente. Por outro lado, como a visão periférica é a primeira a ser afetada, este facto vai dificultar a deteção do problema. Contudo, caso o glaucoma não seja diagnosticado precocemente, as lesões do nervo ótico vão progredindo, podendo culminar em cegueira.
Sinais de alarme de glaucoma
Os sinais de alarme variam de acordo com o estádio e o tipo de glaucoma. Por isso, é fundamental que fique a conhecer melhor os vários sintomas e, sobretudo, que se mantenha atento.
Glaucoma primário de ângulo aberto
- Pontos cegos no campo de visão periférica, frequentes em ambos os olhos;
- Nos casos mais avançados, registam-se situações de visão «em túnel».
Glaucoma de ângulo fechado
- Dores de cabeça severas;
- Dor ocular;
- Náuseas e vómitos;
- Visão embaciada;
- Halos coloridos (os halos são uma auréola luminosa, difusa, que rodeiam uma fonte luminosa);
- Olhos vermelhos.
Quais são os fatores de risco para o glaucoma?
- Ter história familiar da doença;
- Ter diabetes;
- Tomar medicamentos contendo corticoides (fármacos usados, por exemplo, na asma, nas doenças reumáticas e nas doenças inflamatórias);
- Ter sido alvo de traumatismo ocular.
Idade igual ou superior a 40 anos ou ter fatores de risco
A partir desta idade ou se tiver algum dos fatores de risco acima descritos, é recomendável que faça um exame oftalmológico 2 vezes por ano.
Revista Prevenir