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O que é a neuropatia diabética?

A neuropatia diabética é uma complicação da diabetes e pode afetar o organismo de diversas maneiras. Descubra o que é, como se desenvolve e quais os principais tipos.

A neuropatia é a complicação mais comum da diabetes. É capaz de prejudicar todo o corpo e de ser causa de uma significativa diminuição da qualidade de vida e até mortalidade. Contudo, apesar da evolução atual da ciência médica, a compreensão dos efeitos produzidos pela neuropatia diabética na fisiologia normal do corpo continua a ser incompleta.

O que é a neuropatia diabética?

Todas as neuropatias se caracterizam pela perda progressiva de fibras nervosas – o conjunto de nervos que percorrem o corpo, a que se chama sistema nervoso periférico. São, por isso, responsáveis por ligar os órgãos do corpo, do coração ao fígado, por exemplo, ao cérebro, ajudando a regular a sua atividade.

 

A definição simples, internacionalmente aceite de neuropatia diabética, e que consta no site da Direção-Geral da Saúde, é «a presença de sinais e/ou sintomas de disfunção nervosa periférica, em doentes com diabetes, após exclusão de outras causas». Isto é, problemas com esses mesmo nervos responsáveis por estas funções, cuja explicação seja a própria diabetes em si.

 

Estima-se que mais ou menos metade das pessoas com diabetes tem alguma forma de lesão nervosa mas a neuropatia diabética pode ser difícil de diagnosticar. No entanto, pode já estar presente mesmo no primeiro ano de diagnóstico na diabetes tipo 2 ou após 2 anos de evolução na diabetes tipo 1. Apesar disto, é mais comum nas pessoas que já sofrem da doença há muitos anos.

 

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As complicações da diabetes

 

Razões para o desenvolvimento de neuropatia diabética

 

Diferentes nervos lesados podem causar diferentes sintomas. Por isso, estes podem variar desde dormência dos pés até problemas no funcionamento dos órgãos, como o coração ou a bexiga. No entanto, a lesão nesses nervos tem sempre que ver com a prolongada exposição desses nervos a elevados níveis de glicose (açúcar no sangue). Está sempre associada, igualmente, a níveis elevados de gordura (como por exemplo, os chamados triglicéridos, que muitas vezes estão presentes em pessoas com diabetes tipo 2.

 

Neuropatia diabética: os 4 tipos principais 

 

É importante diferenciar entre 4 tipos principais de neuropatia diabética. Isto porque dizem respeito aos danos provocados em  diferentes nervos e, assim sendo, as consequências são diferentes também: 

 

  • Neuropatia Periférica – Afeta tipicamente os pés e as pernas e, por vezes, braços e mãos. Este tipo de neuropatia é muito comum, sendo que 1/3 das pessoas com diabetes podem ser afetadas.

 

  • Neuropatia Autonómica – Os nervos que controlam órgãos, como a bexiga, os olhos e as glândulas sudoríparas, etc. estão danificados. Consequentemente, vão surgir problemas no seu normal funcionamento.

 

  • Neuropatia Focal – Geralmente é uma lesão em nervos únicos, comumente da mão, cabeça, torso ou perna. Isto leva a problemas como síndrome do canal cárpico, um problema do nervo do pulso, com entorpecimento da mão.

 

  • Neuropatia Proximal – Muito rara e debilitante, afeta um lado do corpo e raramente se espalha para o outro, com os sintomas a agravarem-se ao longo do tempo. A nível geral, ocorre na anca, nádega ou coxa.

 

Referências
  • Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

  • Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP)

  • American Diabetes Assotiation (ADA)

  • National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (NIH)

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