8 factos sobre a diabetes
Tudo o que tem de saber sobre esta doença que em Portugal afeta quase 12% da população adulta.
Muito se diz sobre uma doença que é já considerada uma epidemia. Mas será que conhece estes factos sobre a diabetes?
Factos sobre a diabetes
1 – 60 a 70 mil novos casos de diabetes por ano em Portugal
De acordo com o Relatório do Programa Nacional para a Diabetes: Desafios e Estratégias 2019, divulgado em março pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em Portugal são registados anualmente entre 60 mil e 70 mil novos casos de diabetes, a maioria do tipo 2. Sedentarismo, hábitos alimentares pouco saudáveis, obesidade e excesso de peso são os principais culpados desta realidade. Em 2017 e 2018, a diabetes foi responsável por 3,8% das mortes e no nosso País. Cerca de 463 milhões de adultos em todo o mundo são diabéticos, e a International Diabetes Federation (IDF) estima que, em 2045, esse número atinja os 700 milhões.
2 – A diabetes descontrolada pode desencadear várias complicações para a saúde
A diabetes pode levar a outros problemas de saúde graves quando não é controlada. Doenças cardiovasculares, insuficiência renal, neuropatias, cegueira, disfunções sexuais, problemas gestacionais e até amputações são algumas das consequências da diabetes, alerta a International Diabetes Federation (IDF).
3 – A pré-diabetes é um sinal de alerta para o desenvolvimento de diabetes tipo 2
A pré-diabetes – diagnosticada quando os níveis de açúcar no sangue são mais altos do que os normais, mas ainda não atingem os da diabetes tipo 2 – é quase sempre um sinal de alerta para o desenvolvimento da doença. A boa noticia é que nessa altura ainda se está a tempo de reduzir o risco. De acordo com a Associação Britânica de Diabetes, quem tiver pré-diabetes e tiver excesso de peso deve perder 5% do seu peso e, para isso, é fundamental adotar uma alimentação saudável (deve dar primazia aos vegetais, leguminosas e iogurte e cortar na carne vermelha, hidratos de carbono refinados e bebidas açucaradas). A International Diabetes Federation (IDF) alerta para o consumo de açúcar, apontando-o como um dos principais responsáveis pelo aumento da obesidade e da diabetes tipo 2. Fundamental também é ter uma vida mais ativa (trocar o elevador pelas escadas, andar enquanto atende o telefone, fazer caminhadas, etc.).
4 – Existem vários tipos de diabetes diferentes
Os tipos de diabetes mais comuns são o tipo 1, tipo 2 e a gestacional, no entanto, existem outros tipos de diabetes. Segundo a Associação Britânica de Diabetes, essas tipologias menos conhecidas afetam 2% da população e incluem diferentes tipos de diabetes monogénica, diabetes relacionada com a fibrose quística e causada por síndromes raras, medicamentos, como esteroides e antipsicóticos, e desequilíbrios hormonais. São exemplo a diabetes tipo MODY (Maturity-Onset Diabetes of the Young), diabetes neonatal, síndrome de Wolfram e de Alström, diabetes tipo LADA (Latent Autoimmune Diabetes in Adults) e Tipo 3c.
5 – A alimentação é uma parte importante do tratamento da diabetes
Ter uma alimentação equilibrada é fundamental na gestão da diabetes. A regra número um é dividir o prato. Metade deste deve ser preenchido com vegetais sem amido (são exemplo os espargos, brócolos, vários tipos de couve, pepino, cogumelos, beringelas, espinafres, alface, curgetes), um quarto deve conter proteínas magras (como frango, peru, atum, moluscos, bacalhau) e o outro quarto hidratos de carbono de absorção lenta (bulgur, quinoa, leguminosas, arroz integral, entre outros). Tal como indica a American Diabetes Association (ADA), esta é uma forma simples de planear refeições saudáveis que ajudam a controlar os níveis de açúcar no sangue. A alimentação de um diabético não tem de ser aborrecida, afirma a mesma organização.
6 – E já agora o exercício físico também
O exercício físico é benéfico para os diabéticos, sejam do tipo 1 ou 2, mas a glicose deve estar controlada para que o exercício seja realizado de forma segura, realça a American Diabetes Association (ADA). Entre as vantagens estão o aumento da sensibilidade à insulina, o que poderá posteriormente requerer uma redução na dose medicamentosa. A atividade física ajuda ainda a reduzir a massa gorda corporal, e a perda de peso aumenta a sensibilidade à insulina, o que pode permitir a redução da quantidade daquela ou da medicação oral.
7 – Ter diabetes é um dos fatores de risco para ter formas graves de COVID-19
Os diabéticos, tal como pessoas com asma e doenças cardiovasculares, são mais propensos a ter formas graves de COVID-19. A International Diabetes Federation (IDF) lembra que os diabéticos costumam ter mais dificuldade nos tratamentos das infeções virais devido às flutuações dos níveis de glicose no sangue e às complicações que derivam da doença. «Em primeiro lugar, o sistema imunológico está comprometido, tornando mais difícil o combate ao vírus e, provavelmente, levando a um período de recuperação mais longo. Em segundo lugar, o vírus pode prosperar num ambiente em que a glicemia é elevada», explicam os especialistas daquela organização.
8 – É possível entrar em remissão
A remissão da diabetes tipo 2 é possível quando se perde peso. Mas o que é isso da remissão? Significa que os níveis de açúcar no sangue descem e pode-se dispensar a medicação, no entanto, como salienta a Associação Britânica de Diabetes, isso não significa que a doença desapareça para sempre. Segundo esta mesma instituição, o facto de se armazenar muita gordura no fígado e no pâncreas influencia o desenvolvimento da diabetes tipo 2, e a perda dessa gordura pode ajudar à remissão da doença. De acordo com vários estudos, a restrição calórica resulta na remissão da diabetes tipo 2 em 9 em cada 10 pessoas recém-diagnosticadas e em cerca de metade das diagnosticadas há mais tempo.
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Revista Saber Viver