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As infeções vaginais são mais frequentes na diabetes?

Se a diabetes aumenta o risco de infeções como, por exemplo, as infeções urinárias, será que também pode ser uma razão para uma maior frequência de infeções do sistema sexual feminino? Descubra a resposta!

As infeções vaginais são muito frequentes, sobretudo, as de caráter fúngico. No entanto, existem determinados fatores que aumentam o risco de desenvolver estas infeções, sendo um deles a diabetes. Assim sendo, é essencial que se informe sobre as suas causas e sobre como prevenir.

Infeções vaginais

Quando o órgão genital feminino é infetado por algum tipo de microrganismo, como bactérias, parasitas, vírus ou fungos, estamos perante uma infeção vaginal. Os tipos mais comuns são:

 

  • Candidíase;
  • Vaginose bacteriana;
  • Tricomoníase;
  • Herpes genital;
  • Gonorreia;
  • Clamídia;
  • Sífilis;
  • Papilomavírus Humano (HPV).

 

Os fungos da espécie Candida sp. (principalmente Candida Albicans) são os que mais estão relacionados com a infeção vaginal, neste caso chamada de candidíase vaginal.

Relação entre a diabetes e a candidíase vaginal

A diabetes pode aumentar o risco de infeções por afetar o sistema imunitário. No entanto, no caso da candidíase vaginal este não é o único fator a ter em atenção. Esta é mais comum em pessoas com diabetes porque os elevados níveis açúcar criam boas condições para o seu desenvolvimento. Assim sendo, se os seus níveis de açúcar no sangue não estiverem controlados, esse aumento pode levar a um crescimento excessivo de fungos, como os da espécie da Candida sp, que provocam a candidíase, nomeadamente na área vaginal.

 

Os sintomas de candidíase vaginal

 

Alguns dos sintomas mais comuns de candidíase vaginal são:

 

  • Inchaço e irritação da área genital;
  • Dor ou desconforto na relação sexual;
  • Corrimento vaginal branco e espesso (tipo queijo fresco);
  • Vermelhidão e comichão na área genital;
  • Exacerbação da infeção no período pré-menstrual.

 

Como prevenir infeções vaginais?

 

As infeções vaginais podem ser transmitidas pelo contato íntimo ou sexual. No entanto, no caso da candidíase esta pode surgir por alterações do pH vaginal e da flora bacteriana, comum em mulheres que têm a imunidade mais baixa ou elevados níveis de stresse. Outro fator que pode aumentar o risco de candidíase são os níveis de açúcar elevados no sangue e a diabetes. Assim sendo, manter os níveis de glicemia sob controlo pode ajudar a reduzir o risco desta infeção. Se tem diabetes, deve ter especial atenção aos sintomas e fazer exames periódicos para detetar infeções vaginais.

 

Além disso, além ter atenção aos seus níveis de glicemia, pode adotar outras medidas que podem ajudar a evitar a candidíase:

 

  • Evite roupas muito apertadas ou com tecidos sintéticos na zona genital. Este fator pode fazer com que a área genital se torne mais húmida. Assim sendo, prefira roupa  de algodão e pouco justa;
  • Não permaneça com roupa húmida como, por exemplo, fatos de banho, biquínis ou a roupa usada após a prática de exercício;
  • Prefira duches com água tépida, evite banhos quentes e de imersão;
  • Evite duches ou sprays vaginais;
  • Evite produtos de higiene vaginal e detergentes para a roupa perfumados;
  • Troque o seu tampão, copo menstrual ou penso higiénico frequentemente;
  • Evite tomar antibióticos, exceto quando estes forem prescritos pelo seu médico;
  • Recorra ao uso de probióticos. Se necessário, fale com o seu médico ou farmacêutico.

 

Tratamento da candidíase vaginal

 

Pode ser feita localmente, através de comprimidos vaginais ou cremes, ou por via oral. Contudo, em certas situações, o desequilíbrio da flora vaginal leva a que a infeção seja recorrente, exigindo assim um tratamento mais longo. Se sentir algum dos sintomas, consulte o seu médico para saber qual o tratamento mais adequado para si.

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Referências
  • Ducla Soares (2017)

  • Diabetes.co.uk

  • Manual MSD

  • Healthline

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