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Kombucha: a nova bebida da moda?

De repente, parece estar por toda a parte e desperta a curiosidade de todos: kombucha, a bebida milenar que está na mira de profissionais de saúde, cientistas e dos consumidores. E, por cá, também não ficámos indiferentes e decidimos ir à descoberta dos seus benefícios e perceber a razão pela qual está a atrair atenções.

A kombucha é uma bebida de origem chinesa com cerca de 2000 anos. Com um sabor agridoce, avinagrado e ligeiramente gaseificada, tem vindo a ser associada a benefícios para a saúde e, assim, tem conquistado a atenção de novos consumidores. A sua produção tem como base um processo de fermentação com SCOBY (Symbiotic Colony Of Bacteria and Yeast – cultura de bactérias e leveduras) em chá preto ou verde ao qual é adicionado açúcar (sacarose).

A kombucha pode variar

Varia de acordo com:

 

  • Chá usado como base;
  • Concentração de açúcar – 50g de açúcar por litro de chá será suficiente para atuar como substrato de fermentação para o SCOBY;
  • SCOBY escolhido – pode encontrar em lojas de produtos biológicos;
  • Temperatura do chá – antes da adição do SCOBY não deve ser superior a 20ºC;
  • Tempo de fermentação deve ser controlado (entre 3 a 60 dias) – uma fermentação muito longa produzirá níveis elevados de acidez (como um vinagre suave) não sendo tão interessante quando consumido e vai afetar o seu sabor.

 

Esta bebida refrescante pode ser produzida artesanalmente, mas também são várias as opções que podemos encontrar à venda. Até porque, o chá preto com açúcar branco é a opção mais comum para fazer kombucha, mas também se podem usar outras ervas e ingredientes como o chá de hibisco, sumos de fruta e juntar gengibre para um paladar diferente.

Porque se pensa que faz bem à saúde?

O consumo da kombucha tem sido associado a efeitos benéficos na saúde. Mas, esta ideia vem de estudos em consumidores habituais da bebida (com opções de produção de kombucha diferentes) ou de modelos em laboratório e, portanto, a comunidade científica continua a seguir com interesse a bebida e a procurar novas evidências da sua ação biológica com métodos mais modernos e estudos clínicos em humanos.

 

Enquanto estes estudos não saem e nos trazem mais detalhes, há um conjunto de informações sobre o seu potencial, com impacto na saúde, que está ao nosso alcance – basta que olhemos para a sua composição:

 

  • o chá preto ( e também o verde) contém catequinas e flavonóides, que são antioxidantes e demonstram benefícios na redução do colesterol e na pressão arterial, fatores de risco nas doenças cardiovasculares;

 

  • as vitaminas do complexo B (B1, B2, B6, B12) e de vitamina C estão associadas ao bom funcionamento do sistema imunitário e à ação antioxidante, estimulando a eliminação de metabolitos tóxicos do organismos, na urina e fezes;

 

  • probióticos presentes na bebida ajudam ao funcionamento intestinal: equilibram a flora intestinal e ajudam a prevenir infeções;

 

  • representa uma maior ingestão de líquidos, permitindo prevenir as infeções urinárias (ao produzir mais urina)  e vai reduzir o apetite, contribuindo para uma dieta saudável para a perda de peso.

 

Salientamos que a concentração dos componente ativos da bebida variam de acordo com o método de produção e elementos de base utilizados. Ainda, há que ter atenção às quantidades que pode beber. É recomendado um consumo diário de 120mL, para evitar o seu elevado teor em açúcar, bem como possíveis distúrbios gastrointestinais, náuseas e reações alérgicas (observadas em pessoas com menos tolerância a bebidas ácidas e gaseificadas, pelo consumo excessivo).

 

Esta não é certamente uma bebida tradicional nossa, mas podemos dizer que é uma bebida saudável, com potencial como alimento funcional (alimentos com ações benéficas comprovadas para a saúde). Por isso, vamos ficar atentos a esta bebida e a todas as descobertas sobre as suas propriedades. Em caso de dúvida, encare a bebida com cuidado e não deixe de consultar o seu médico, farmacêutico ou nutricionista.

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