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O que é a aterosclerose?

Não podemos falar de saúde cardiovascular sem falar de aterosclerose. Se ainda tem dúvidas sobre o que é, acabaram hoje! Descubra tudo o que há para saber sobre aterosclerose.

A aterosclerose é uma doença que afeta os vasos sanguíneos, nomeadamente as artérias. Representa um fator de risco para desenvolver doenças cardiovasculares. Atualmente, estima-se que 740000 adultos sofram com este problema.

Aterosclerose: o que é e como ocorre?

A aterosclerose é causada pelo depósito de gordura e colesterol nas paredes das artérias, provocando o seu estreitamento ou obstrução. Mas afinal, como se desenvolve? O colesterol alto no sangue, a hipertensão arterial, o tabagismo, a obesidade ou o excesso de peso são potenciais malefícios para as nossas artérias. Todos estes fatores provocam estragos no nosso sistema circulatório. À medida que se esse estrago se vai instalando, ocorre inflamação e potencia-se ainda mais o depósito de gordura e colesterol (nomeadamente, o colesterol LDL, ou «mau colesterol»). Os depósitos vão evoluindo até verdadeiras placas, chamadas de ateromas.

 

Na verdade, é desde a nossa infância que tudo isto se desenvolve. O colesterol faz parte do nosso organismo e algum pode acumular-se indevidamente nas artérias. Para além disso, existe naturalmente na alimentação, tal como as gorduras. No entanto, ao adotarmos uma dieta pouco saudável, rica em gorduras e alimentos processados, estamos a dar ao nosso corpo todas as condições para que o processo de aterosclerose acelere.

Quais as complicações associadas à aterosclerose?

Os ateromas, para além de naturalmente causarem o estreitamento arterial, podem também romper e soltar-se, provocando um bloqueio ao fornecimento de sangue. As consequências da aterosclerose dependem principalmente de quais as artérias afetadas, nomeadamente:

 

Doença arterial coronária

 

Quando afeta as artérias coronárias, que são as que suprem o coração. Está na origem de doenças como angina de peito e o enfarte agudo do miocárdio. Na angina de peito, a obstrução é apenas parcial, provocada normalmente pelo exercício e com alívio após o repouso. Quando ocorre obstrução total da artéria, existe uma falha de fornecimento total de sangue a uma parte do coração, causando a morte desse músculo cardíaco, provocando um enfarte.

 

Doença cerebrovascular

 

Neste caso, as artérias atingidas são as cerebrais. Caso haja uma rutura de uma placa nas artérias cerebrais, vai ocorrer um acidente vascular cerebral (AVC).

 

Doença arterial periférica

 

É quando as artérias atingidas são as dos membros inferiores. É responsável por um agravamento da circulação e problemas como dor e dificuldade na cicatrização de feridas.

Sinais e sintomas a saber

A aterosclerose é uma doença silenciosa. Habitualmente, só se manifesta quando já existe um grave grau de obstrução arterial. As diferentes complicações manifestam-se de forma distinta, conforme o território arterial afetado.

 

  • Na doença arterial coronária, ocorre dor anginosa. Isto é, que agrava com o esforço. Isto porque, no esforço, o nosso coração pede mais oxigénio e sangue, o que leva a um aumento do fluxo sanguíneo. Caso haja ateromas nas artérias coronárias, o sangue não chega ao coração na proporção necessária, o que provoca dor. A dor anginosa não tem de ser necessariamente no peito, pode atingir também os braços, mandíbula ou pescoço. Se a obstrução for grave ou houver rutura da placa, pode ocorrer um ataque de coração.

 

  • No caso de doença cerebrovascular, os sintomas de um AVC incluem dificuldade em falar, adormecimento de um lado da face ou do corpo, alterações na visão ou dor de cabeça.

 

  • A doença arterial periférica manifesta-se por dor nas pernas ao caminhar e que alivia com o repouso, chamada de claudicação intermitente. lém disso, a má circulação resultante do processo de aterosclerose provoca também uma dificuldade na cicatrização de feridas. Em casos de obstrução grave, pode ocorrer gangrena do pé ou dedos e ser necessária cirurgia para amputação.

Como se faz o diagnóstico

A primeira abordagem para o diagnóstico é através do exame físico. O aspeto da pele das pernas ou a palpação dos pulsos (força, amplitude e simetria) já nos dão algumas informações para a suspeita de aterosclerose. Exames complementares podem ser necessários, como:

 

  • Índice tornozelo-braço. Um teste que compara a pressão arterial entre a perna e o braço, cujo resultado nos diz o risco de aterosclerose;
  • Análises ao sangue. Examinando os valores de colesterol LDL e açúcar no sangue conseguimos apurar o risco de aterosclerose;
  • Ecodoppler arterial dos membros inferiores. Um exame não invasivo que nos relata se há estreitamento nas artérias das pernas;
  • ECG com prova de esforço. Neste exame, é feito um eletrocardiograma durante uma corrida na passadeira ou bicicleta. No fundo, para avaliar se o coração reage bem ao esforço, sem sinais de diminuição do fluxo sanguíneo. Se a prova for positiva, podemos estar em risco de enfarte agudo do miocárdio;
  • Cateterismo cardíaco. Na suspeita de doença arterial coronária, o cateterismo permite observar se realmente existe uma obstrução arterial nas artérias cardíacas. É um exame bastante invasivo e reservado apenas para os casos de elevada suspeita.

Quem está em risco?

Os fatores de risco para desenvolver aterosclerose incluem:

 

  • Tabagismo;
  • Colesterol aumentado (principalmente o colesterol LDL!);
  • Hipertensão arterial;
  • Diabetes;
  • Sedentarismo;
  • Ingestão de álcool.

 

Além disso, também o avançar da idade, ter história familiar de aterosclerose e ser do sexo masculino são fatores de risco. Estes são chamados de fatores de risco não modificáveis, pois não podemos fazer nada para os alterar. Podemos, sim, alterar o nosso estilo de vida para evitar que a aterosclerose se desenvolva. E, consequentemente, protegermos a nossa saúde cardiovascular.

Tratamento e prevenção

O principal tratamento é prevenir o seu aparecimento ou atrasar a sua progressão. Isto é, por ser difícil reverter, o importante é impedir que agrave. Para isso, devemos:

 

  • Adotar uma dieta saudável, rica em legumes, fibra e fruta e pobre em gorduras;
  • Manter atividade física;
  • Não fumar;
  • Manter um peso saudável;
  • Não abusar no sal e bebidas alcoólicas.
  • Por vezes é preciso recorrer a medicação para reduzir os níveis de colesterol e de tensão arterial.

 

A aterosclerose pode ser prevenida! É fundamental que mantenha uma alimentação variada e rica em legumes, fruta e fibra, evitando as gorduras. Uma caminhada diária de 30 minutos em intensidade moderada (no mínimo!) também fortalece as artérias e evita a formação de placas. Mantenha-se saudável, combata o sedentarismo e proteja o seu coração!

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