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Diabetes insipidus: o que é?

Existem vários tipos de diabetes e, entre eles, a diabetes insipidus é substancialmente diferente. Descubra o que é, qual a origem e sintomas.

A diabetes insipidus é provavelmente menos conhecida do público em geral. Quando falamos de diabetes, falamos normalmente dos dois tipos mais comuns: a diabetes mellitus tipo 1 e a diabetes mellitus tipo 2. Assim, além de existirem outros tipos de diabetes mellitus, existe igualmente outra diabetes distinta, chamada diabetes insipidus. Por isso, hoje explicamos tudo o que precisa de saber sobre esta doença.

O que é a diabetes insipidus?

Em primeiro lugar, o termo diabetes provém do grego e significa «sifão», uma alusão ao sintoma comum entre a diabetes mellitus e insipidus, que é urinar demasiado. Já o termo mellitus significa adocicado, pois a diabetes mellitus é caracterizada por um excesso de açúcar no sangue e açúcar na urina, devido às alterações do pâncreas e insulina.

 

Por outro lado, a diabetes insipidus, que significa sem sabor, nada tem a ver com insulina e não provoca hiperglicemia (açúcar aumentado no sangue) ou açúcar na urina. É uma doença caracterizada pela libertação de um volume excessivo de urina diluída, causada por uma diminuição da hormona antidiurética (também conhecida como ADH ou vasopressina).

 

A hormona antidiurética é produzida no hipotálamo e libertada pela hipófise, ambos localizados no nosso cérebro. Esta hormona é libertada para a corrente sanguínea quando o corpo precisa de reter água (por exemplo, em casos de desidratação ou quando a pressão arterial está diminuída). Deste modo, graças à sua ação no rim, a água fica retida no nosso organismo e, por esta razão, a urina torna-se mais concentrada.

 

Existem dois tipos desta diabetes, dependendo de onde se origina o problema:

 

  • Diabetes insipidus central: Existe uma diminuição da secreção de hormona antidiurética no cérebro, ou seja, menos quantidade de hormona em circulação.

 

  • Diabetes insipidus nefrogénica: «Nefro» é relativo a rim, e neste caso o problema está no rim não reconhecer a hormona antidiurética, pelo que a sua ação não é eficaz. Em ambos os tipos, a hormona antidiurética está comprometida, o rim perde a sua capacidade de concentrar urina e, por isso, a urina é muito diluída, em maior quantidade.

 

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Os tipos de diabetes menos conhecidos

Causas e prevalência

Primeiramente, ao contrário das diabetes do tipo mellitus, a diabetes insipidus é uma condição rara. A diabetes insipidus central pode, então, não ter causa conhecida em até 50% dos casos. Já 5% dos casos possuem uma causa hereditária. As outras causas incluem sarcoidose, tuberculose, tumores do sistema nervoso central, assim como aneurismas ou problemas congénitos (isto é, malformações de nascença).

 

A diabetes insipidus nefrogénica pode ser de origem congénita ou adquirida, em que esta última engloba doenças que afetem o rim (por exemplo, doença renal poliquística, mieloma múltiplo, síndrome de Sjogren, entre outras) e efeitos secundários da utilização de certos medicamentos, como o lítio.

Sintomas e diagnóstico

À semelhança da diabetes mellitus, os sintomas incluem sede excessiva e urinar em excesso. No entanto, esta urina não tem glicose, é uma urina muito diluída, precisamente pela ausência da ação da hormona antidiurética. As pessoas chegam a beber litros e litros de água por dia, para compensar a urina perdida. O maior risco da doença é a desidratação e a queda abrupta da pressão arterial.

 

Quando há a suspeita de estarmos perante um caso de diabetes insipidus, o diagnóstico faz-se com análises de urina, análises de sangue e através do teste de privação hídrica. Este teste consiste em eliminar qualquer ingestão de líquidos durante várias horas. Se, mesmo sem beber água ou outros líquidos, a urina se mantiver diluída, estamos perante o diagnóstico altamente provável de diabetes insipidus. Após esta privação, é dado desmopressina, um medicamento com um efeito semelhante à hormona antidiurética. Desta forma, sabemos a origem do problema:

 

  • Se a urina passar a ser menos diluída e mais concentrada, significa que o problema era falta de hormona antidiurética, ou seja, estamos perante um diagnóstico de diabetes insipidus central;

 

  • Se a urina se mantiver diluída, significa que o problema está na resposta do rim à hormona antidiurética que circula no sangue, pelo que o diagnóstico é diabetes insipidus nefrogénico.

Como é feito o tratamento da diabetes insipidus

O tratamento vai depender do tipo de diabetes insipidus. No tipo central, o tratamento é com desmopressina para compensar a diminuição da produção de hormona antidiurética. Por outro lado, no tipo nefrogénico congénito normalmente é diagnosticada bastante cedo. O seu tratamento passa por prevenir a desidratação, com aporte adequado de água. Quando as causas deste tipo de diabetes são outras doenças, o tratamento é dirigido às causas em si.

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Os diferentes tipos de diabetes

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Referências
  • Dynamed

  • Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

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