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O que é a Síndrome Hiperglicémica Hiperosmolar?

Uma das complicações graves da diabetes é a chamada Síndrome Hiperglicémica Hiperosmolar. O que significa isto para os doentes diabéticos, quem está sujeito ao seu aparecimento e como se manifesta no corpo, são perguntas a que este artigo pretende ajudar a responder.

A diabetes pode trazer consigo algumas complicações graves. Duas das chamadas complicações agudas da diabetes, que têm várias semelhanças entre si, são a cetoacidose diabética e a síndrome hiperglicémica hiperosmolar. São complicações graves, cuja percentagem de doentes afetados e a mortalidade associada se mantêm elevadas. Assim sendo,  a prevenção e a deteção precoce são essenciais e o doente deve estar atento, juntamente com o seu médico assistente.

Síndrome Hiperglicémica Hiperosmolar

Como se manifesta no corpo humano

 

A síndrome hiperglicémica hiperosmolar ocorre como resultado de níveis de glicemia muito elevados. Por isso, tanto pode afetar doentes com diabetes tipo 1 como doentes com diabetes tipo 2, na qual é mais prevalente.

 

Como os doentes diabéticos têm dificuldade em produzir ou fazer com que a insulina atinja os locais onde deve atuar, o organismo interpreta essa ausência da maneira errada e começa a produzir mais glicose ou a libertar as reservas acumuladas. Esta hiperglicemia induz diurese (produção excessiva de urina, porque a glicose em excesso tem de ser excretada) o que vai resultar em desidratação, que pode ser agravada pela inadequada ingestão de líquidos.

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Os perigos de entrar em desidratação

Assim sendo, idas frequentes à casa-de-bano e alteração da cor da urina podem ser um sinal a que deve estar atento.

 

Quem está mais sujeito a desenvolver esta complicação?

 

Doentes diabéticos com hiperglicemia superior a 600 mg/dl por um largo período de tempo podem desenvolver síndrome hiperglicémica Hiperosmolar. Na maioria dos casos o fator que lhe dá origem é uma doença que aparece além da diabetes como, por exemplo, uma infeção. O perigo está, sobretudo, no aumento ainda maior dos níveis de açúcar no sangue que faz com que a medicação possa não ser suficiente para reduzir esses valores.

 

A idade avançada, o facto de estar mais dependente de ajuda de terceiros, o sexo feminino e os internamentos em lares de idosos são outras das causas que facilitam o aparecimento da complicação.

 

A que sinais deve estar atento

Além dos níveis elevados de açúcar no sangue (a que deve, se é diabético, estar constantemente atento!), e da diurese, tenha atenção a sintomas como:

 

  • Boca seca;
  • Sede muito acentuada;
  • Pele quente, sem estar suada;
  • Febre;
  • Confusão ou sentir-se adormecido;
  • Perda de visão;
  • Alucinações;
  • Náuseas;
  • Fraqueza num dos lados do corpo.

 

A falta de hidratação, acompanhando a perda de líquidos (os doentes não se apercebem disso muitas vezes), pode levar ao coma, convulsões e mesmo à morte.

Como posso evitar o aparecimento da síndrome hiperglicémica hiperosmolar?

Em primeiro lugar, mantenha sempre sobre constante vigia os seus valores de glicemia. Assim, depois do aparecimento dum valore desajustado, pode atuar em conformidade. O médico ou o farmacêutico podem ajudá-lo a perceber a que valores deve estar atento, e entre que valores ótimos deve manter sempre a sua glicemia.

 

Ao experienciar sintomas de síndrome hiperglicémica hiperosmolar mantenha-se hidratado e procure rapidamente ajuda médica.

 

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Referências
  • Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

  • Diabetes UK

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