O que é isso dos edulcorantes?
Felizmente, cada vez nos preocupamos mais com a qualidade da alimentação. O que faz com que estejamos mais atentos. No meio desta atenção, deparamo-nos muitas vezes com nomes que desconhecemos. Hoje, revelamos o mistério sobre os edulcorantes.

Do grego dulcor, chegamos a dulçor, sabor doce. Os edulcorantes são aditivos usados para adoçar os alimentos. Podem ser naturais ou artificiais e utilizam-se para substituir o açúcar. Talvez os conheça como adoçantes.
Açúcar vs. edulcorantes
O açúcar comum (sacarose) tem um elevado valor calórico. O mesmo acontece com a frutose (açúcar da fruta) e o mel ou os xaropes. Apesar de serem produtos de origem natural, elevam os níveis de açúcar no sangue. Por isso, são desaconselhados às pessoas com diabetes e/ou obesidade. No caso da frutose, esta não representa um problema quando consumida como parte da própria fruta, dentro de uma alimentação equilibrada. Mas isoladamente, é quase como consumir açúcar branco.
Os edulcorantes podem ser de origem natural (extraídos da natureza) ou artificial (feitos em laboratório). Têm uma capacidade de adoçar superior à do próprio açúcar. Deste modo, não se necessita tanta quantidade para conseguir um sabor doce. Muitos caracterizam-se por terem um valor calórico baixo ou nulo.
Edulcorantes naturais e artificiais
Como exemplo de edulcorante natural, temos a stevia. Por não ser um hidrato de carbono, não altera o índice glicémico nem tem valor calórico. É comercializada sob o nome «glicosídeos de esteviol» e o seu consumo deve ser extremamente moderado.
Por outro lado, temos os polióis, como o sorbitol e o xilitol. Estes derivam dos açúcares tradicionais e estão presentes em vários vegetais e frutos. O seu índice glicémico é baixo. Assim sendo, são indicados para diabéticos. No entanto, atenção! O seu valor calórico é semelhante ao do açúcar.
Os edulcorantes artificiais não aportam calorias e não alteram os níveis de glicose no sangue. São exemplos comuns o aspartame, a sucralose, a sacarina, o acessulfame K e o ciclamato.
Como funcionam?
Os edulcorantes artificiais, criados para substituir o açúcar, têm uma estrutura semelhante à do açúcar. Por isso «encaixam» perfeitamente nas papilas gustativas que sentem o sabor doce, imitando-o.
Mas depois de ingeridos, são suficientemente diferentes do açúcar. Por isso, o corpo não os consegue transformar em calorias. Aqueles com uma estrutura que o corpo consegue transformar em calorias são usados em tão pouca quantidade, que as calorias que aportam acabam por não ser relevantes.
Verdades e mitos
Nas últimas décadas, muita tinta tem corrido sobre a utilização dos edulcorantes nos alimentos. Quem nunca viu algum artigo advertindo para os perigos dos chamados «E»”s? A verdade é que acredita-se que alguns edulcorantes podem causar problemas digestivos e alergias. Mas os estudos contraditórios e as conclusões nem sempre são claras. Por isso, estão desaconselhados em crianças e grávidas.
No entanto, a União Europeia tem regras e leis bastante apertadas relativamente à segurança alimentar. Por isso, se um edulcorante está aprovado para consumo alimentar (e sempre que não se excedam as doses recomendadas) em princípio, é seguro. E pode ser uma boa ajuda para manter a diabetes controlada e ajudar na perda de peso (em conjunto com a adoção de uma alimentação equilibrada e a prática de atividade física).
Claro que cada pessoa deverá conhecer o seu historial clínico e estar alerta para eventuais contraindicações ou alergias. É o caso das pessoas com fenilcetonúria (PKU), uma doença hereditária que faz com que o corpo não metabolize o aminoácido fenilalanina. Estas pessoas não devem consumir alimentos com aspartame e/ou acessulfame K.
Atenção ainda ao facto de que apesar de alguns alimentos com edulcorantes não conterem açúcar, isto b Mesmo sem açúcar «normal» (sacarose), podem conter outros açúcares. É o caso da frutose, que aporta quase as mesmas calorias. A gordura é outro ingrediente que pode estar presente em alimentos «sem açúcar». E fornece muitas calorias.

Concluindo
Os açúcares simples não estão 100% vedados às pessoas com diabetes. Devem ser reduzidos e evitados, mas consumidos moderadamente não têm porque ser prejudiciais. Recomenda-se sim, evitar as bebidas açucaradas já que chegam a exceder em mais do dobro a dose diária recomendada de açúcar.
Os edulcorantes são adoçantes. Quando consumidos dentro das doses recomendadas, não têm por que ser perigosos. Podem mesmo ser úteis nas dietas para emagrecer e para as pessoas com diabetes. Além de não alterarem os níveis de glicemia, muitos não aportam qualquer valor calórico. Também não causam cáries.
No entanto, aconselha-se moderar o seu consumo. É preciso ter atenção às alergias e restante história clínica. Será sempre preferível, numa boa alimentação, optar por alimentos frescos em vez de processados com este tipo de aditivos. É ainda bom que se habitue ao sabor natural dos alimentos, em vez de o mascarar. É o caso de certas bebidas como o chá e o café, ou até mesmo alimentos como a fruta ou os iogurtes naturais. Deste modo, diminui-se a ingestão tanto de açúcar como dos seus substitutos.
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