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O que saber sobre a angina de peito

A angina de peito pode ser definida como um desconforto ou dor causada pela redução do fluxo sanguíneo para o músculo do coração. Saiba mais sobre as suas causas e sintomas.

Angina de peito é a designação médica para a dor ou desconforto causados pela má irrigação do músculo do coração. Em primeiro lugar, saiba que existem 2 tipos principais de angina de peito:

 

  • Angina estável (mais comum);
  • Angina instável (mais severa).

 

Algumas pessoas podem desenvolver angina instável depois de serem diagnosticadas com angina estável. A angina variante de Prinzmetal é uma forma pouco comum de angina, causada por espasmos nas artérias coronárias. Ocorre geralmente em repouso e raramente com esforço.

Angina estável

Sendo o tipo mais comum, a dor da angina estável é, regra geral, desencadeada pelo esforço. Tem uma duração de cerca de 3 a 10 minutos a contar do momento em que o doente interrompe ou diminui o esforço físico.

 

O limiar da dor é normalmente constante sendo, por isso, mais fácil de reconhecer qual o grau de esforço capaz de desencadear a dor. No entanto, é comum, que a quantidade de esforço que desencadeia a dor possa variar consoante outros fatores:

 

  • Hora do dia (limiar mais baixo de manhã);
  • Refeições;
  • Tempo frio;
  • Emoções (que tal como o esforço aumentam as necessidades de oxigénio do músculo cardíaco);

 

É característico que a dor seja aliviada dentro de poucos minutos, por nitroglicerina sublingual ou através de repouso.

Angina instável

Considera-se angina instável, a que sofre agravamento, ou a angina que mesmo sem diagnóstico prévio de angina estável, se considera mais severa. Os fatores que caraterizam este tipo de angina são:

 

  • Aumento da frequência ou da duração dos episódios de dor;
  • Episódios de dor desencadeados por esforços mais ligeiros do que anteriormente;
  • Dor em repouso;

 

Assim sendo, é característica da angina instável uma dor semelhante à da angina estável, mas com uma duração superior a 10 minutos ou surgindo em repouso. Os doentes com diagnóstico de angina instável apresentam maior risco de enfarte agudo do miocárdio.

Causas da angina de peito

O sangue chega ao músculo do coração através das artérias coronárias. Normalmente, ocorre fluxo de sangue suficiente para satisfazer o músculo cardíaco em repouso ou durante atividades leves. Mas, quando praticamos uma atividade que exige um maior esforço, ou quanto temos emoções fortes o músculo cardíaco precisa de uma maior quantidade de sangue, pois tem que «trabalhar» com maior intensidade.

 

Se as artérias coronárias estreitarem de modo a impedirem que o sangue chegue rapidamente ao músculo cardíaco, normalmente, sentimos dor. Sendo essa dor designada por angina de peito. Assim sendo, angina pode ser um sintoma de doença coronária.

 

A aterosclerose pode ser definida como a presença de depósitos de gordura, chamados de placas de aterosclerose, nas paredes dos vasos sanguíneos. Esta é, assim, uma das causas mais comuns do estreitamento das artérias coronárias. Como consequência, todos os fatores que agravam a aterosclerose aumentam o risco de desenvolver angina de peito. Alguns destes fatores são, por exemplo, o tabaco, a diabetes, a hipertensão arterial, o colesterol elevado ou a obesidade.

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Existem causas menos comuns para a angina como, por exemplo, a compressão das artérias por algo próximo das mesmas, infeção ou inflamação das artérias, espasmos nas paredes das artérias e doença nas válvulas cardíacas.

 

Reconhecer os sintomas

 

Os principais sintomas da angina de peito são:

 

  • Dor ou desconforto no peito, que pode ser descrita como uma sensação de peso ou de aperto (embora algumas pessoas, principalmente mulheres, descrevam a dor como uma sensação de «pontadas» no peito);
  • Sensação dolorosa que pode irradiar para o braço esquerdo ou direito (menos comum), pescoço, mandibula, costas ou porção superior do abdómen;
  • Dor no peito que não se instala de forma súbita, atingindo a sua intensidade máxima após um crescendo;
  • Sensação de falta de ar;
  • Náuseas;
  • Dor na porção inferior do peito e superior do abdómen, parecida a indigestão;
  • Cansaço;

 

Muitas pessoas com angina têm apenas alguns destes sintomas. Por outro lado, em casos menos graves, poderão não sentir quaisquer sintomas de forma facilmente identificável. É, por isso, essencial que fale com o seu médico se sentir algum dos sintomas descritos.

 

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Referências
  • JL Ducla Soares (2017)

  • Robbins & Cotran (2005)

  • Scottish Intercollegiate Guidelines Network

  • National Health System UK (NHS)

  • American Heart Association

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