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Os vários tipos de insulina

Quando pensamos em diabetes, pensamos em insulina. E o que é, afinal, a insulina? Existe apenas um tipo? Na verdade, há vários tipos diferentes de insulina. Hoje vamos conhecê-los!

A insulina é uma hormona produzida naturalmente pelo pâncreas. A sua função é permitir que a glicose do sangue (vulgarmente conhecida como açúcar) seja utilizada pelas células do organismo na produção de energia. Na diabetes, existe uma desregulação na produção de insulina, pelo que um dos tratamentos disponíveis é o uso da mesma e existem diferentes tipos de insulina.

 

Atualmente, a insulina está disponível em seringas ou canetas com agulhas muito fininhas, para ser administrada a nível subcutâneo (isto é, imediatamente por baixo da pele). Para além disso, também são comercializadas bombas de infusão contínua de insulina, um pequeno aparelho que permite que seja administrada insulina de forma contínua durante todo o dia.

 

Como já mencionámos, existem vários tipos de insulina, diferentes entre si consoante a duração da sua ação: insulinas de ação rápida ou ultrarrápida, lenta, intermédia ou mistas. São criadas em laboratório para se assemelharem o mais possível à insulina produzida pelo pâncreas humano. As doses de insulina são dadas em unidades. É essencial que o açúcar no sangue seja monitorizado para avaliar quantas unidades de insulina deve dar em cada dose.

Tipos de insulina

Insulinas de ação ultrarrápida e rápida

 

As insulinas rápidas, como o nome indica, começam a atuar cerca de 30 minutos depois de serem administradas, ou 15 minutos, se falarmos das ultrarrápidas. Também denominadas de insulinas bólus, o seu principal objetivo é suportar a ingestão de glicose extra de uma refeição. Como tal, são administradas antes de comer e o seu pico de ação ocorre em 30 a 60 minutos, na ultrarrápida, e em 2horas, na insulina rápida. Imitam o reforço de insulina enviado pelo pâncreas quando existe um aumento de glicose no sangue, que ocorre sobretudo na altura das principais refeições.

 

Insulinas de ação lenta

 

As insulinas de ação lenta começam a atuar cerca de 1 hora depois de serem administradas. São conhecidas como insulinas basais porque a sua ação abrange todo o dia com a mesma intensidade, muitas vezes sem pico de ação. Normalmente são administradas ao acordar ou à noite. Imitam a insulina basal que o pâncreas produz constantemente. Desta forma, as células estão sempre disponíveis para utilizar glicose e formar energia.

 

Insulinas de ação intermédia

 

As insulinas de ação intermédia atuam passadas 2 a 4 horas de serem administradas, possuem um pico entre as 4 e as 12 horas e podem durar até 18 horas no organismo. São mais semelhantes às de ação lenta pois abrangem quase todo o dia.

 

Insulinas mistas

 

Nas insulinas mistas encontramos, na mesma formulação, uma insulina de ação lenta ou intermédia e uma insulina rápida. São úteis quando é necessário simplificar o tratamento.

Que tipo de insulina preciso?

Atingir o controlo glicémico é o objetivo mais importante. Para isso, o seu médico assistente deverá indicar qual o esquema mais adequado para si, caso necessite de insulina.

 

Quanto aos efeitos adversos da insulina, o principal é a hipoglicemia (níveis baixos de açúcar no sangue, nomeadamente <70mg/dL). Uma dose demasiado alta de insulina pode fazer com que o açúcar no sangue desça para níveis inferiores aos desejáveis. A hipoglicemia pode levar a sintomas como suores, tonturas, náuseas ou, em casos mais graves, confusão e perda de consciência.

 

É essencial que conheça bem a resposta do seu corpo à insulina, pelo que inicialmente se começam com doses baixas até atingir a dose ideal. Ao fazer-se insulina, devemos avaliar o açúcar no sangue todos os dias. Só desta forma sabemos como o organismo reage à quantidade de insulina que lhe oferecemos e quanta glicose fica em circulação. Para medirmos o açúcar, faz-se uma pequena picagem no dedo que formará uma gota de sangue. Essa gota é colocada numa tira que se liga a um medidor de glicémia, aparelho que nos dirá qual o valor de açúcar presente no sangue.

 

Para além do tratamento com insulina, existem também os antidiabéticos orais e, claro, uma dieta adequada e exercício físico regular. Mais uma vez, reforçamos a importância de manter consultas regulares com o seu médico! Em todas as consultas deve levar consigo os registos dos níveis de açúcar que mede em casa.

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O início do tratamento com insulina

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Referências
  • Dynamed

  • Diabetes.co.uk

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